Review: Grimm 2×03 – Bad Moon Rising

Grimm retorna com o seu lado procedural, mas ainda assim o episódio manteve um bom nível.

Embora soubesse que o lado procedural viria mais cedo ou mais tarde, não esperava que viesse logo no 3º episódio, principalmente depois da campanha feita pela NBC. Mas, felizmente, o episódio não foi ruim, pelo contrário, foi um dos melhores fillers da série até hoje.

O caso da semana girava em torno de uma grupo de Coyotls, que são criaturas equivalentes a gangues de rua no mundo Wesen, pois costumam viver em bando e tem uma mentalidade voltada para a convivência em grupo, portanto, se alguém abandonar o bando, eles não serão tão tolerantes com essa atitude. E os que vimos nessa semana sequestraram a filha de um desertor do grupo e planejavam fazer um ritual (aseveracion) para introduzi-la no bando. Tenho que elogiar aqui o trabalho de edição e direção do episódio, pois eles conseguiram dar um ótimo ritmo as cenas de ação e um clima bastante tenso às cenas no episódio.

Mas isso foi apenas um (bom) plano de fundo para Hank encarar o fato de que ele não está louco e que realmente existem as criaturas que ele pensava ter visto. Estava temendo que as cenas onde isso acontecesse fossem forçadas e vergonhosas, mas fui surpreendido pois as sequências foram bastante orgânicas e bem feitas. Estou começando a achar que o nível apresentado na temporada passada está me fazendo subestimar demais o seu potencial, mas prefiro continuar assim (pelo menos por ora) do que exigir mais e vir algo bem abaixo do esperado.

Os Coyotls me lembraram Eisbibers quando viram Nick, com a diferença de que eles não vão encher a casa de Nick de presentes. Falando sério, precisam variar os efeitos, pois os Coyotls ficaram parecendo uma mistura de Fuchsbaus e Blutbads. As criaturas em si eram bem desinteressantes, o que contrasta com os personagens, que eram bastante interessantes, isso sem falar nas interpretações dos atores, pois foram as melhores dos personagens secundários até hoje, com destaque Mark Pellegrino e John Pyper-Ferguson. Pellegrino, para variar, interpreta um personagem normal (um pai, veja só!) e conseguiu entregar um bom trabalho, embora pudesse entregar algo melhor se os roteiristas tivessem desenvolvido melhor o seu personagem. Já Ferguson conseguiu algo inédito na série até então: entregar um vilão não caricato. Faço votos de que o elenco secundário continue assim.

Coloquei algumas questões sobre a amnésia de Juliette na review dos episódios anteriores, e esse episódio trouxe algumas respostas, como o fato dela não se lembrar apenas de Nick. Embora já nos tivessem dado uma pista sobre isso na Season Premiere (a cena em que Juliette vê Nick desaparecendo), não estava tão claro se isso tinha sido realmente uma pista ou um exemplo do que estava acontecendo com ela. A escolha do que os roteiristas irão fazer sobre essa amnésia irá refletir diretamente na minha opinião sobre a série, pois se os roteiristas escolherem deixá-la assim e fazer com que Nick tente reconquistá-la prova que eles querem ousar (embora essa atitude não seja tão ousada assim), mas se ela recuperar a memória facilmente isso deixa claro que eles não querem ousar o mínimo possível. Mas independentemente de quanto tempo essa amnésia durará, desejo que seja divertido enquanto dure.

Se nos episódios anteriores Rennard recebeu bastante atenção, nesse ele quase não apareceu. Odeio quando as séries fazem isso, focam em um personagem e se esquecem dele no episódio seguinte. Outro que, apesar de não ter desaparecido, está sendo bastante “esquecido” pelos roteiristas é Monroe. Tudo bem, o personagem é legal, mas até quando ele vai ser apenas aquele que ajuda o Nick com tudo? Já conhecemos o personagem, ele já exerce essa (e apenas essa) função há muito tempo, creio que já mais do que na hora de começar a desenvolvê-lo. Até houve uma tentativa no episódio 1×06, quando incluíram uma personagem do seu passado, mas não basta apenas isso, principalmente para um personagem tão querido quanto ele.

Foi um ótimo caso da semana e ainda ganhamos um Hank que descobriu o mundo onde vive, uma Juliette com um estranho em casa e Nick com mais questões para resolver. As minhas expectativas já estão começando a aumentar, espero que a série não me decepcione.

Observações:

– Precisam contratar urgentemente uma pessoa que saiba trabalhar bem com câmeras, pois fomos premiados com um péssimo trabalho de câmera novamente.

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