Review: Aprendiz – Celebridades 10×03/04 – Episódio 3 / Episódio 4

Aprendiz 10x03

E a encheção de linguiça toma conta na segunda semana de Aprendiz – Celebridades.

Começando a falar sobre o 10×03, o que aconteceu nesse episódio? Vim aqui falar sobre ele e percebi que pouco tinha a ser dito. Os 10 primeiros minutos foram única e exclusivamente para nos relembrar o que aconteceu no episódio anterior, a edição do desafio do líder foi demasiadamente longa (isso se houve alguma edição, já que acho que vimos o desafio por completo), o episódio apenas inseriu a tarefa que aconteceria depois… Foi encheção de linguiça para dar e vender.

Antes de falar sobre o desafio em si, irei abordar um pouco o fato de que, nessa edição, os participantes da equipe vencedora poderem assistir à sala de reunião. Como já disse na review anterior, eu curti essa novidade e acho que agrega bastante aos participantes, porque além de obviamente mostrar aos participantes os possíveis pontos onde eles poderiam errar futuramente, essa oportunidade de ver como cada um age dentro daquela sala dá um aspecto maior de jogo à competição, ou seja, podemos ver se eles não são só competentes como bons estrategistas.

Indo para a parte inédita, Ana Moser e Beth Szafir, que ficaram de lado no episódio anterior, retornaram aqui e ganharam um lugar em uma das equipes que foram, respectivamente, Next e Fênix. Já sobre o desafio do líder, confesso ter ficado com altas expectativas para com ela, porque achei que a segunda tarefa seria no exército, e para quem é fã de longa data do programa, a prova do exército é uma das melhores do histórico do reality. Contudo, quando soube que era só para o desafio do líder, foi como se tivessem jogado um balde de água fria em minha pessoa ou como se dissessem que eu tinha comido todo o almoço por obrigação e que não iria ter a sobremesa.

Passado esse momento de perda de fé na humanidade, passei a acompanhar o desafio com a maior boa vontade que eu poderia ter, e mesmo assim me decepcionei. Ok, os exercícios com os desafios lógicos foram razoavelmente interessantes, mas ter que ouvir Nahim repetindo incansavelmente para Christiano que este estava fazendo aquilo pela filha dele não era algo pelo qual merecíamos passar, além do fato de o desafio não ter nada a ver com as habilidades que a tarefa exigiria. Após tanta enrolação, Christiano consagrou-se campeão da tarefa e fez com que sua equipe recebesse um benefício para a segunda tarefa.

A segunda tarefa que consistia em fazer um certo número de escambos (8 para a Next e 10 para a Fênix) a partir de um produto sem nenhum valor significante, no caso um dedal. Achei a ideia da tarefa algo bem interessante e até desafiadora por exigir a capacidade de persuasão de cada equipe, além de exigir de cada uma delas um ótimo planejamento.

NEXT

Next liderada por Christiano Cochrane e formada por Ana Moser, Andréa Nobrega, Kid Vinil, Maria Cândida, Nahim e Priscila Machado.

Adotando a estratégia de não se preocupar com o valor das trocas intermediárias desde que o produto final tivesse um valor alto (com Nahim reclamando bastante sobre esse fato, vale pontuar), a equipe não teve muitos problemas quanto à execução e conseguiu o resultado que almejava. Fui surpreendido por dois fatos: o primeiro foi que a edição deixou claro que o valor do último “produto” era bem mais alto do que o da equipe concorrente, o que pareceu deixar o resultado óbvio demais; o segundo foi descobrir que a Sabrina cobra um milhão de reais por aquele “combo”? A título de curiosidade, isso é o dobro do valor do prêmio da edição do Big Brother Brasil que ela participou!

Falando do desempenho dos participantes, devo dizer que Nahim me desapontou novamente. Após se mostrar uma fraca performance como líder, vimos que ele também é um péssimo liderado. Colocar sua opinião com ênfase em um grupo é uma coisa, agora querer impor e/ou agir de forma infantil porque este mesmo grupo não acatou essa sugestão é outra coisa completamente diferente, e por isso o destaque negativo da equipe vai para Nahim. Já o positivo vai para Ana Moser, por ter sido a única a chamar a atenção no confronto entre Nahim e Christiano.

FÊNIX

Liderada por Amon Lima e formada por Beth Szafir, Michele Birkheuer, Mônica Carvalho, Pedro Nercessian e Raul Boeser.

Mesmo não desfrutando da mesma vantagem dos concorrentes, a equipe Fênix adotou um planejamento bem semelhante ao deles, e teria uma trajetória tão semelhante quanto caso não fossem os embates vistos aqui. Destacando Amon, Michele e Mônica nesse “quesito”, eles tiveram algumas discordâncias e foram responsáveis por alguns momentos bem tensos durante a tarefa, momentos que eu acreditava serem relevantes para a vitória ou derrota da equipe.

O produto final da equipe foi um show com Chitãozinho & Xororó e a Família Lima (sem o Amon, claro) avaliado em 696 mil reais, e devo admitir que não fiquei tão empolgado com esse resultado quanto fiquei com o resultado da equipe concorrente. Pode parecer loucura (e talvez seja), no entanto, embora o valor conseguido fosse grande, alguma coisa na minha mente estava me dizendo que a equipe deveria ter ficado com o carro e, mesmo após ver o que a equipe Next conseguiu, esse pensamento continuava na minha cabeça por algum motivo que permanece obscuro para mim (influência do pessimismo de Beth sobre a sugestão de Raul, talvez?).

Os destaques positivos da equipe foram, obviamente, Michele, Mônica e, surpreendentemente, Amon, que passou de apático para uma pessoa proativa em um tempo bastante curto. Alguma coisa despertou ali e o fez evoluir de forma absurda, resultando em uma das maiores contradições à sentença “a primeira impressão é a que fica”. Não destaco o Raul aqui porque achei que ele ficou ofuscado por esses outros três, e só não destaco Beth aqui porque ela sempre é destaque, então não há necessidade de ficar reafirmando isso.

RESULTADO: Na sala de reunião, o “produto” final das equipes foi desvalorizado (por falta de palavra mais adequada) na frente deles. Tanto a Next quanto a Fênix trouxeram algo que foi avaliado como se estivesse relacionado com fins comerciais sendo que, neste caso, eles deveriam ser avaliados com um fim beneficente, e essa “supervalorização” foi reduzida do valor final o que acabou por deixar a equipe Fênix com o maior saldo, resultando na vitória desta equipe (e na ausência de Beth na sala de reunião).

Depois deste resultado, estava claro que o embate entre Nahim e Christiano seria o fio condutor da sala de reunião e só restaria saber até onde eles levariam esta troca de farpas. E mesmo com esse confronto chamando a atenção, era claro que ele não impediria em nada a demissão de um terceiro indivíduo, pois quem acompanha o programa há muito tempo sabe que Justus ama manter uma rivalidade pelo maior tempo possível no programa, e não seria agora que ele mudaria.

Corroborando com as expectativas criadas, a sala se resumiu basicamente em Nahim x Christiano por um bom tempo, chegando ao ponto de vermos Cacá Rosset ler para Nahim alguns tweets capazes de destruir a autoestima de uma pessoa em segundos (aliás, podemos remodelar as frases e usar o nome do Cacá nelas, não é?). Mas, em algum momento, as atenções passaram a se voltaram para a apatia do desempenho de Kid Vinil e já dava para saber quem seria a vítima fatal desse programa.

Nahim tinha argumentos furadíssimos e sua interferência era mais construtiva do que destrutiva para o grupo, entretanto a falta de ação de Kid falou mais alto. Além de falar que ele tinha tido, junto com a Priscila, o pior desempenho da tarefa, ao olhar para o futuro percebe-se que esse comportamento dificilmente mudaria, assim como é fácil concluir que alguém de gênio forte como o Nahim atrairia mais audiência do programa (cof cof) do que alguém tão apagado quanto Kid. Claro que foi triste ver a demissão dele, mas não posso dizer que foi injusta, afinal, é melhor manter alguém que peca pelo excesso ou que não interfere positiva ou negativamente?

Mostrando dois episódios tão apáticos quanto seu demitido, a segunda semana dessa temporada do reality não chega a ser uma decepção, já que era difícil esperar que dois ótimos episódios do programa viessem em sequência, porém deixam uma sensação de que serão esses episódios insossos que dominarão o restante dessa edição, o que é uma péssima impressão a se causar para um reality com a imagem tão desgastada quanto esse.

PS: a demissão do 10×04 felizmente contrariou minha teoria inicial de que o líder da equipe com a vantagem seria demitido caso perdesse a tarefa.

Ponto Positivo: Amon Lima, por me surpreender e provar que não é tão apático quanto eu pensava.
Ponto Negativo: a encheção de linguiça no 10×03.
Favorito: Michele Birkheuer.
Próximo a ser demitido: Pedro ou Nahim. Ou os dois.

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